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NA PENUMBRA DA FÉ EU VEJO UM VULTO
DESARMANDO UMA FERA QUE ME AGRIDE


Este mote é exclusivamente para dona Helena Crispim, pessoa de fé, determinação e decência. Oferecimento de Pedro Ernesto e Gizelda.

Um gigante cruel endiabrado
arma um bote estratégico e de traição
mas na força que tem cada oração
vejo o monstro gemendo amordaçado;
como Deus permanece do meu lado
esse algoz assassino não progride,
com as graças divinas venço a lide
dominando com ânimo aquele insulto
- Na penumbra da fé eu vejo um vulto
desarmando uma fera que me agride.

Uma voz no silêncio me conforma,
uma nova esperança me enriquece,
uma crença fiel me fortalece
e com amor minha vida se transforma,
a virtude autoriza em sua norma
eu tirar minhas armas do cabide,
o disparo que faço coincide
com o fantasma que finge estar oculto
- Na penumbra da fé eu vejo um vulto
desarmando uma fera que me agride.

Redobrando o poder do pensamento
implorei ao Senhor, fitando o céu,
percebi a beleza de um troféu
reluzindo o porvir de um sentimento;
o vilão que me traz constrangimento
já renega o lugar onde reside,
o prestígio divino é quem preside
o castelo assombrado do tumulto
- Na penumbra da fé eu vejo um vulto
desarmando uma fera que me agride.

Com o apoio que tenho dos amigos
soma a sua esperança aos meus anseios
encontrando na Bíblia os outros meios
que me afastam do ímpio dos castigos,
construindo na sorte outros abrigos
onde a tocha dos males nunca incide;
quando imploro é com força e Deus decide
meu pedido embasado, humilde e culto,
- Na penumbra da fé eu vejo um vulto
desarmando uma fera que me agride.

 

Pedro Ernesto Filho
Enviado por Pedro Ernesto Filho em 03/02/2018
Alterado em 03/06/2023


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