Textos


        
            POR DENTRO DA CANTORIA


             POR TUDO O QUANTO ESCREVI
        ESTOU FELIZ NOVAMENTE



                 Quando o autor lançou o livro Cidadania do Repente, fez constar como abertura do bloco de poemas que lastrearam aquela obra um mote em sete sílabas no qual manifestou a satisfação de levar aos leitores aquela coletânea. Referido mote assim dizia: Se mais nada eu escrever / já estou feliz demais. Ocorre que o autor não parou por ali e continuou a escrever, registrando agora sua felicidade no mote que segue, também, metrificado em sete sílabas: Por tudo o quanto escrevi / estou feliz novamente. Isto em face do breve lançamento de seu novo livro POR DENTRO DA CANTORIA. Aguardem. 


Quando fiz Cidadania
disse: estou feliz demais,
senti o prazer da paz
nas entranhas da poesia;
Por dentro da Cantoria
também me deixa contente
porque o dom do repente
refina o que produzi
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Daquela época pra cá
escrevi sobre amizades,
referenciei cidades
que compõem o Ceará,
fiz alusão como está
a paz no meu continente,
e as graças do Onipotente
no meu coração senti
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Descrevi o dom da arte,
conceituei a cultura,
cantei a literatura
e dos heróis, falei em parte;
o peso do bacamarte
e o seu uso antigamente,
crime contra adolescente
que sem querer assisti
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Falei um pouco da história
de quem tem versos de lavra e
das virtudes da palavra
no reforço à oratória,
registrando na memória
a mágoa que um povo sente
quando elege um presidente
como alguns dos que eu já vi
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Retratei uma emoção
de quem volta à sua terra e
da casa do pé de serra
que exigiu evolução
e que na reconstrução
prendeu a atenção da gente
porque lembrava parente
que nunca mais eu revi
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Sobre as qualidades boas
que brilham na humanidade,
como o dom da humildade
no coração das pessoas,
também transformei em loas
o passado e o presente,
iluminando a vertente
do pouquinho que aprendi
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Engrandeci escritores,
prefaciei muitas obras,
critiquei grandes manobras
que reprimem os eleitores,
rejeitei os dissabores
que surgiram em nossa frente,
defendi severamente
o torrão onde eu nasci
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Prestei homenagem a gênio,
defendi nossa Nação,
fiz uma avaliação
da mudança de milênio,
e da falta de oxigênio
que afeta o meio ambiente,
do que vem futuramente
narrei como percebi
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Transformei discurso em verso,
dos sonhos disse a grandeza,
prestei honra à natureza
percorrendo o universo,
do ódio eu fiz o inverso
pregando o que um vate sente,
fiz da poesia uma lente e
por ela um poema eu li
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.

Mas o que mais me engrandece
é conservar no que fiz
o mundo grato e feliz
escutando a minha prece;
pois o bom leitor merece
apoio mais consistente
e uma oração consciente
dita do jeito que ouvi
- Por tudo o quanto escrevi
estou feliz novamente.


Pedro Ernesto Filho
Enviado por Pedro Ernesto Filho em 07/06/2012
Alterado em 22/06/2013


Comentários