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            EM NOME DE QUEM ERROU 
            HUMILDE PEÇO PERDÃO


                  Apenas duas estrofes se salvaram de um trabalho longo que o autor narrou após uma reunião em sua comunidade, quando um dos participantes tentava se sair jogando a culpa em outro membro do grupo. Com bastante sutileza, os versos mostram a fertilidade da poesia popular e seu leque de alcance no mundo da literatura, comprovando a subjetividade dos temas que podem por meio dela se proliferar


Oh! Pátria que tanto louvo!
Votei pensando em lhe dar
um governante exemplar
para organizar seu povo;
perdi meu voto de novo
nas promessas de eleição,
a minha nobre intenção
um demagogo roubou,
- Em nome de quem errou
humilde peço perdão.

Autoridade sublime
que me pôs detrás da grade
também prive a liberdade
do maior autor do crime;
tire-me deste regime
e dê a outro esta prisão,
se fiz uso do canhão
certamente alguém armou,
- Em nome de quem errou
humilde peço perdão.
Pedro Ernesto Filho
Enviado por Pedro Ernesto Filho em 26/07/2008
Alterado em 20/02/2010


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