MORRENDO EU QUERO LEVAR
UM LIVRO NO MEU CAIXÃO
Nestes versos, o autor demonstra o amor que tem pela literatura, revelando-o com aquela conotação multiplicadora e própria do poeta popular.
Não me interessa o autor,
porém sendo de poesia
pode ser de Zé Maria,
de Gilvan ou Zé Nestor,
ou de qualquer cantador
que defenda a profissão,
seja de Sebastião,
João Bandeira ou Zé Gaspar
- Morrendo eu quero levar
um livro no meu caixão.
Pouco interessa o volume,
só importa o conteúdo,
pois deve falar de tudo:
amor, paixão e ciúme,
tradição, crença e costume,
despedida e saudação,
se for de religião
vai servir pra eu rezar
- Morrendo eu quero levar
um livro no meu caixão.
Seja dos livros jocosos,
mas que não tragam discursos
de quem desviou recursos
dos destinos preciosos.
Se for de nomes vultosos
que defenderam a Nação,
quero tê-lo em minha mão
para no céu divulgar
- Morrendo eu quero levar
um livro no meu caixão.
Pedro Ernesto Filho
Enviado por Pedro Ernesto Filho em 25/07/2008
Alterado em 20/02/2010