O CIGARRO É FALSO AMIGO
QUE MATA COVARDEMENTE
Mote escrito ao observar um fumante no ambiente de trabalho. Como não poderia deixar de ser, o autor imprensou entre a métrica e a rima os males que o cigarro faz, formulando um conselho e invocando para o texto a segunda pessoa do singular, o que dificulta um pouco a versificação pela obrigatoriedade que se tem de guardar a coerência com o respectivo pronome possessivo, bem como manter a concordância pessoal dos verbos.
Cilíndrico e meio comprido,
com nicotina no centro,
cheio de fumo por dentro,
de papel todo envolvido,
um pedaço colorido
para embelezar a gente,
quem o vê fisicamente
até não crê no que digo
- O cigarro é falso amigo
que mata covardemente.
Se vais a festa, ela vai
guardado sobre o teu peito,
por ele ser muito aceito
da tua boca não sai,
e se às vezes a teu pai
tu ofertas de presente,
o pobre inocentemente
recebe aquele inimigo
- O cigarro é falso amigo
que mata covardemente.
Ele fica em tua mão
bordando a tua desgraça
e transformando em fumaça
o dinheiro do teu pão,
depreciando a feição,
poluindo a tua mente,
implantando uma semente
que produzirá castigo
- O cigarro é falso amigo
que mata covardemente.
Esse povo que te induz
a não deixar o cigarro
não tolera o teu pigarro
quando tu escarras pus,
mas Deus, o pai de Jesus,
quer te ver livre e contente,
a sociedade sente
mas não te diz do perigo
- O cigarro é falso amigo
que mata covardemente.
Pedro Ernesto Filho
Enviado por Pedro Ernesto Filho em 10/07/2008
Alterado em 20/08/2008