Mote decassílabo sugerido pelo poeta Ademar Macedo,
de Natal-RN.
Não tem mais Lampião e nem cangaço // mas tem gente pior que Lampião.
Há quem queime um indígena na calçada,
há quem jogue um menor pela janela,
há quem cobre propina na cancela,
há quem mate um cristão sem dizer nada,
há quem venda sentença adulterada,
há quem fraude a melhor licitação,
há quem troque a moral por um milhão,
há quem trate o povão como palhaço
-Não tem mais Lampião e nem cangaço
mas tem gente pior que Lampião!
Quanta gente fraudando a previdência,
tanta máfia exaltando o nepotismo
tanta luta empanada de egoísmo,
tantos líderes surfando a violência,
pacientes perdendo a paciência
por faltar-lhes do médico a atenção,
o escândalo recente do cartão
coroou as mazelas do fracasso
-Não tem mais Lampião e nem cangaço
mas tem gente pior que Lampião!