É uma homenagem às mães, prestada em forma de versos. É um decassílabo sofisticado, com rimas raras e termos harmoniosos, sem repetição de palavras. Sua beleza está exatamente em fazer, achando que não está fazendo, com arremate na chave do mote, que é a expressão poética estreitada nas linhas sétima e oitava. São apenas duas estrofes de um poema composto de dez, escrito a pedido de uma escola do Cariri por ocasião das comemorações alusivas ao dia das mães.
Considero o poeta um ser dileto
que transforma o que pensa nos poemas,
mas carinho materno é um dos temas
que o autor ao narrar deixa incompleto,
a poesia não mede aquele afeto
nem que ao mar da cultura ele se apegue,
dá início, desiste e não prossegue
que este amor com palavras não se exprime
- Oh! mamãe, seu carinho é tão sublime
que o poeta escrever nunca consegue!
Mãe é símbolo de amor e de coragem,
de bravura, de força e de vitória,
não se esgota o dizer de sua história,
por ser fonte maior de aprendizagem;
quem quiser lhe render uma homenagem
que de logo se inspire e se encarregue,
e que a musa divina não se negue
e do pequeno poeta se aproxime
- Oh! mamãe, seu carinho é tão sublime
que o poeta escrever nunca consegue.