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NÃO DOU, NÃO TROCO NEM VENDO
MEU LIVRO DE ADMISSÃO
 
 
Estudei de capa a capa
pra no ginásio ingressar,
pois era um vestibular
validado em todo Mapa,
quem passou por essa etapa
entende minha emoção,
mas a nova geração
não sabe o que estou dizendo
- Não dou, não troco nem vendo
meu Livro de Admissão.
 
 
Encampava Matemática,
História e Geografia,
uma Leitura sadia
estimulava a Gramática,
trazia em cada temática
quesito pra discussão
que se respondia à mão
enquanto eu ficava lendo 
- Não dou, não troco nem vendo
meu Livro de Admissão.
 
 
Ademir, mestre lendário,
gênio que a cultura esmera,
Francisca Feitosa era
o nome do Educandário,
momento extraordinário
que marcou minha ascensão;
cada colega, um irmão,
que ainda hoje eu defendo
- Não dou, não troco nem vendo
meu Livro de Admissão.
  
No Barro o curso foi feito,
em Milagres foi a prova,
um prazer que se renova
na parte interna do peito;
quando recordo, eu aceito
voltar à imaginação,
pra transformar em canção
o que agora estou vivendo
- Não dou, não troco nem vendo
meu Livro de Admissão.
  
Enfeita minha mobília
quando o coloco na estante,
folheado a cada instante
diverte toda família;
um político de Brasília
ofereceu um milhão,
mas verba de mensalão
faço que não estou vendo!
- Não dou, não troco nem vendo
meu Livro de Admissão.
Pedro Ernesto Filho
Enviado por Pedro Ernesto Filho em 18/01/2016
Alterado em 20/01/2016


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